quinta-feira, novembro 15, 2007

UM CARINHO POR DIA

Então, já fez um carinho hoje? Já recebeu algum? Quem não gosta? Quem não precisa? Já se deu conta da força que um "simples" carinho tem, do quanto um afago, um toque nos alimentam, fortalecem nossa estrutura afetiva?

Fique atento: não economize, nem deixe passar - um abraço, um beijo, passar a mão nos cabelos, deitar no colo - só coisa boa. Faça. Peça. Busque. Se você tem alguém do seu lado, ótimo. É só estender a mão, abrir os braços ou se deixar aconchegar, se aninhar no outro.

Se você mora sózinho, procure um amigo, alguém que você goste, para fazer esta troca. Acaricie a si mesmo. Parece maluquice? Não é: experimente deslizar as mãos pela sua própria pele, pelo seu cabelo, envolver-se nos seus próprios braços.

Torne o carinho um hábito regular. Faz muita falta e a gente não se dá conta, vai deixando de lado. Um carinho por dia, pelo menos, dar e receber - esta é a nossa campanha neste blog, leve-a para sua vida. E experimente a diferença que isto faz.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Coisa boa de chocolate para o feriadão

BOLO DE NESCAU


Ingredientes:
200 gramas de manteiga ou margarina
2 xícaras de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de leite
3 ovos separados, claras em neve
1 xícara de Nescau
2 colheres de chá de pó Royal
1 colher de chá de bicarbonato ( opcional)
1 pitada de sal

Modo de fazer:
Bater bem a manteiga com o açúcar, juntar as gemas. Bater. Juntar o chocolate. Misturar as claras batidas aos poucos, delicadamente. Misturar a farinha aos poucos, alternando com o leite. Misturar o fermento dissolvido em dois ou três dedos de leite e juntar à massa. Juntar o sal e o bicarbonato. Assar em forma de bolo ou tabuleiro médio untado co manteiga e polvilhado com farinha. Assar dez minutos em forno de 220 graus, abaixar e deixar mais ou menos, vinte minutos, meia hora a 200 ou 180 graus. Está bom quando enfiar o palito e ele sair seco - ou quase, porque o bolo fica meio molhadinho mesmo.

Cobertura:
2 colheres de sopa rasas de manteiga ou margarina
2 xícaras de leite
1 e ½ xícara de açúcar
½ xícara de Nescau
Cozinhar em fogo brando , mexendo, até soltar da panela. ( Se quiser engrossar mais rápido colocar uma colher de chá de maisena dissolvida em um dedo de leite). Cobrir o bolo ainda quente. Antes de jogar a calda, dê umas espetadelas com um garfo no bolo, para a calda penetrar melhor.

terça-feira, novembro 13, 2007

A virada

Então,
a Vida deu uma gargalhada
e eu estava dentro dela.

Não uma gargalhada de escárnio,
mas de luz.

Inesperadamente,
acreditei que sim,
é possível.

ORAÇÃO PARA OS QUE AMO


Livrai-me, Senhor, desta impotência para ajudar aos que amo.

Dai-me os instrumentos para tocar seus medos, suas inseguranças, sua solidão e tirar deles o peso da angústia.

Ensina-me a ser serena o suficiente para passar a eles a tranquilidade necessária.

Fazei com que eu não me exaspere, não me irrite e não me torne impaciente diante das situações difíceis que eles me apresentam.

Fazei com que eu seja capaz de, na ausência das respostas, dividir o silêncio com a intensidade de quem se dá as mãos, e assim atravessar as perguntas que confundem e afligem até chegar novamente à clareira da paz interior.

Mostra-me, Senhor, com que argamassa, com que tijolos, posso fazer com que aqueles que amo reconstruam a Esperança.

Ajuda-me, Senhor, a ajudá-los.

Palavras & Armadilhas

Pensando apenas, muitas vezes nos esquecemos no sofrimento, e, quando queremos nos encontrar, não nos achamos mais, só há palavras.

É preciso buscar o sentido das coisas, sim, porém muito mais pela emoção. Aliar palavras e intuição - é ela que nos coloca diante da verdade e só os seus caminhos deverão ser seguidos. Porisso é preciso estar despido, cada vez mais despido das palavras e suas armadilhas cruéis.

Para usar as palavras é preciso ter muita precisão. Mergulhar no seu sentido profundamente. E só então estar seguro para manipulá-las em sua essência, no momento certo, como amigas- não como trapaças que usamos contra nós mesmos, escamoteando nossos sentimentos.

( trecho do livro O Aprendizado da Calma, editora Objetiva)

segunda-feira, novembro 12, 2007

OFICINA LITERÁRIA - alegria sem tarja preta

Dediquei a década de 90 a estudar criação literária. Nos Estados Unidos. Comecei com workshops de temas os mais variados, e acabei me formando em Criação Literária e Terapia das Artes Criativas pela New School For Social Research, universidade que é uma espécie de PUC em Nova Iorque. Sou, portanto, uma escritora formada, vejam só! Escrevo, pois, por inspiraçào divina, como todos, mas com a ajuda imprescindível das noções técnicas e do exercício da troca de opinião com os colegas - um hábito saudavel.

Desde 2001, quando voltei ao Brasil, venho ministrando uma oficina de criação literária chamada Elementos Básicos Para Escrever Ficção, um método passo-a-passo, um "how to", que em oito ou doze aulas ensina pessoas a partir de 16 anos a escrever estruturar um texto de ficçào. O curso reune introduções teóricas, exercícios para desenvolver a escrita e para desbloquear a criatividade. Além desta oficina básica, também costumo ministar oficinas específicas, temáticas, e uma oficina livre permanente.

Hoje, mais uma vez, vivi a gratificaçào de formar uma turma. A primeira em Itaipava, nos arredores do Rio de Janeiro. O bom da história é o seguinte: os alunos, gente de todos os tipos, idades, etc, gente que nunca escreveu e gente que até ja publicou, entram no curso achando que estou delirando e, no ultimo dia, leem os contos que elaboraram com orgulho e prazer e verificam que o meu delírio anunciado no primeiro dia, a afirmaçào de que em doze aulas todos seriam capazes de elaborar um texto, era a mais estimulante - e divertida - realidade.

Nas oficinas, a gente ri, se diverte, aprende, cria. Troca opiniões sem arrogancia nem competição. Faz amigos. É muito bom mesmo. Uma alegria possível, sem nenhum tipo de tarja preta para empurrar ou garantir. O que garante o resultado, é a própria capacidade criativa que cada um descobre em si mesmo, e a convivência amigável.

Quero mais é espalhar este método, passar para quem possa reproduzi-lo, como professores. Tanto a oficina básica quanto as específicas, para terceira idade, adolescentes, crianças e etc. Porque acredito firmemente - e a experiência mostra isto -que, ao aprender a escrever, ao conhecer os elementos que compõem um texto, as pessoas passam a se interessar pela leitura, pelo cinema, pelo teatro. De uma forma consciente e defintiva, ao contrário do que acontece quando tentamos aproximá-las da leitura por obrigaçào.

Fora isto, para cada participante, escrever é uma terapia e uma catarse, além de ser um prazer. E, quando aplicada em grupos tipo empresas, hospitais, e outros lugares onde rola uma situaçào de stress, a oficina reduz este stress consideravelmente, aumenta a produtividade e melhora os relacionamentos.

Tomara que algum dia eu consiga ter este método publicado num livro simples e de fácil aplicaçào, o Manual de Criação Literária, e que ele possa ser util a muitos neste país. E torço para que o mercado editorial brasileiro se abra , se expanda, para poder absorver tantos talentos com os quais deixamos de nos deleitar porque nào tem nenhum acesso a serem publicados. Esta é minha batalha no momento - espalhar a escrita amplamente, como instrumento para a educação, como instrumento profissionalizante, como instrumento para a vida. Qualquer sugestão será bem-vinda.

domingo, novembro 11, 2007

SENTIMENTAL EU SOU

Não foram poucas as vezes em que fui chamada de piegas. Assim como aquelas em que me perguntaram como eu tinha coragem de expor meus sentimentos pessoais até nos meus livros e cursos.
Pois é isso aí: não tenho vergonha de falar dos meus sentimentos, das minhas emoções e de pautar minha vida por eles. Sempre acreditei que a verdade do sentimento é o melhor guia para a vida, que é quando mentimos agindo contra o que de fato sentimos que os malentendidos e as complicações começam a acontecer. Acho que se as pessoas expressassem o que sentem ( que nem sempre é o que pensam, exatamente) - mantidos, é claro, os limites do respeito dentro das relações, a história da humanidade seria bem diferente, com muito menos padecimentos.

Nunca tive medo de abrir meu coração, como diz o lugar comum que se deve fazer. Mas aprendi, sim, a defendê-lo e preservá-lo dos invasores que confundem a honestidade, a sinceridade, com a fraqueza, com o flanco aberto. Gosto de dizer: não confunda boa com boba.

Já sei bem como funciona: muitos ridicularizam quem fala de emoções. ( O que será que fazem, que se dizem, entre quatro paredes, diante de seus espelhos?). A estes, sem querer ser rude, sugiro que vào tomar um bom café com creme em vez de entrar neste blog. E que voltem quando precisarem de um espaço para mostrar suas emoções e pensamentos sem pieguice, mas como gente pode e deve fazer. Quem não quer um lugar onde possa simplesmente ser como é, viver como se sente? Bom, eu quero. E tenho certeza de que sentimentos compartilhados enriquecem, frutificam, e são uma coisa boa de se vivenciar.

Durante alguns anos tive um adesivo pregado no vidro do meu carro que dizia: EMOCIONE-SE. Então, é isso: aqui vale rir e chorar, ter raiva e falar de amor, ter medo e ousar, e tudo mais que o seu coração gerar.

sábado, novembro 10, 2007

ME MANDE UMA NOTÍCIA BOA

Então: o que não dá mais é para ficar impregnando a alma de energia pesada. Portanto, vamos iniciar esta corrente, esta campanha: coloque aqui, sempre que tiver, uma notícia boa, mesmo que pareça pequenininha ou muito pessoal, como uma coisa gostosa que voce comeu, seu filho que começou a andar ou obteve uma vitória como adulto, enfim, qualquer coisa positiva tá valendo.
Entre e fale sempre que quiser, vai fazer bem pra todo mundo saber que não estamos, afinal, tão sufocados, como se anda dizendo por aí, pelo "bode de cada um". Do que está nos fazendo mal estamos cansados de saber. Falar dos problemas e das cargas alivia, claro. Mas não pode ser a ponto de não dar espaço para mencionarmos o que acontece de bom.
Vamos tirar o grilo da cabeça e botar na gaiola - ou ao ar livre- para cantar. Tô esperando!

TALVEZ

Talvez alguém telefone e me faça um convite irresistível. Talvez alguém passe e me leve para nem-quero-saber-aonde. Talvez o olhar do meu filho me aqueça por dentro. Talvez o sol na pele me lembre um prazer. Talvez ficar bem quieta não me assuste. Talvez só ouvir passarinhos não pareça um vazio. Talvez ainda reste algum sonho misturado ao pacote de chocolates. Talvez eu consiga ouvir minha gargalhada extraviada. Talvez eu aperte os olhos bem apertados e, quando eu abrir, todo pesadelo terá passado. Talvez eu olhe em torno e veja alegria no rosto dos outros. Talvez eu consiga querer. Talvez tudo de novo fique possível. Talvez algum burburinho dentro de mim me devolva ao dançar. Talvez ainda haja planos para fazer e acontecer.
Quem sabe um abraço, talvez um abraço...

COMO UMA NUVEM NA BOCA

PÃO DE LÓ DA MINHA VÓ

Ingredientes:
4 ovos, gemas separadas
1 colher de sopa de fermento em pó
1/2 pacote (100gr) de fécula de batata
10 colheres de sopa de açúcar.

Modo de fazer:
Bater muito bem as gemas com o açúcar. Juntar a fécula e bater bem.Dissolver o fermento em um ou dois dedinhos de leite ou água) e misturar.Bater as claras em neve. Misturar aos poucos, delicadamente, com o resto.Assar em forma de bolo ( a de furo no meio, alta) untada e polvilhada comfarinha. Forno médio (180 graus) por mais ou menos 30, 40 minutos, até o palito sair seco.

Ombro Amigo

Quero ser o teu Amigo. Aquele que segura tua mão no silêncio. Que te oferece o peito e o carinho sem que você tenha medo das cobranças do envolvimento.
O Amigo. Aquele que te dá firmeza para que você acredite nas suas próprias decisões. Que te acolhe nos seus erros sem registrar suas falhas para devolvê-las como bumerangue com a intenção de derrubar.
Eu sou Aquele Que Sou Fiel. Fiel à Tua Verdade, ao respeito do teu direito absoluto de ser e existir, à tua privacidade de escolher o sim ou o não sem ter que dar explicações - semente da confiança mais certa.
Por isso, antes de qualquer coisa, quero ser o Teu Amigo. E poder cantar tua humana e estonteante, tua singular e aconchegante beleza, sem que este gesto gere ameaça alguma ou desconforto.
( trecho do livro Ombro Amigo I, editora Objetiva)

Eu quero tocar a tua dor com beijos delicados, como um beija-flor.Distrair tuas emoções tensas com meu voejar leve e bailarino.
Eu quero transformar teus pesadelos em tardes de verão, de primavera, te convencer da alegria.
Eu quero criar em ti a sempre expectativa da minha volta certeira, da minha presença fiel, para que você reaprenda a esperar naturalmente cada dia seguinte. Para que você acredite de novo na esperança.